O “sommelier da vacina” se tornou um fenômeno nunca antes visto. Pessoas que chegam em locais de vacinação perguntando qual imunizante está sendo aplicado naquele dia e, dependendo da resposta, se recusam a receber a dose. Mas qual a relação do “sommelier da vacina” e o impacto na vacinação? Tudo está interligado. E, cada vez mais municípios brasileiros estão registrando esse tipo de comportamento, que atrasa a imunização da população brasileira.
Uma pesquisa divulgada no mês de julho pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostrou que 2.109 cidades relataram casos de “sommelier da vacina”, o que representa 74,6% das 2.826 prefeituras ouvidas no levantamento. Também foram reportados casos de pessoas que se recusam a tomar determinados imunizantes. As vacinas mais recusadas foram a CoronaVac, em 1.067 (50,6%), a Oxford/AstraZeneca, em 829 (39,3%) e, em menor proporção, a da Janssen, em 66 (3,1%).
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O “sommerlier da vacina” e seu impacto na vacinação pode ser gigantesco. Conforme relato da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), essa escolha do imunizante faz com que a velocidade das aplicações não seja a esperada. E, nesse momento, o que se espera é justamente um ritmo mais acelerado para que a maior parte da população brasileira esteja vacinada, gerando resultados diretos nos números da pandemia.
Os relatos são tantos que várias prefeituras e câmaras de vereadores aprovaram medidas para colocar os chamados “sommelier da vacina” no final da fila de imunização, como uma tentativa de barrar esse comportamento.
A SBIm informou que a maioria dos casos são de pessoas que rejeitam a CoronaVac e a AstraZeneca. Ou por acharem que a vacina não funciona, possíveis riscos de reação ou por uma questão de viagem ao exterior.
* Com informações da Agência Brasil e Infomoney
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