Ninguém quer passar os dias de sol e calor doente, por isso, nesse período do ano, o ideal é aumentar a prevenção e os cuidados com a saúde para poder aproveitar o que há de melhor da estação. Essa é a época em que surgem mais casos de hepatite e de dengue. Por isso, conhecer um pouco mais sobre as doenças, as formas de contágio e os tratamentos indicados são de grande valia para todos.
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A hepatologista, Fernanda Canedo, do Pilar Hospital, explica que as hepatites virais são inflamações causadas por vírus que são classificados por letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, mais de 70% (23.070) dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da Hepatite C, seguido da Hepatite B (21,8%) e A (1,7%).
Cotidianamente ouvimos falar mais da hepatite B e C, mas a doença também pode acometer devido ao intenso uso de medicamentos, e a versão autoimune, que é a desenvolvida pelo próprio corpo. “A hepatite traz alguns transtornos para a vida dos pacientes, e não é só pelo fato de não mais poder doar sangue, por exemplo, mas também porque quando não tratada pode evoluir para uma cirrose e também para o câncer de fígado, o hepatocarcinoma”, relata a especialista.
Nos casos de hepatite viral aguda (como a A, B e C), a maioria dos pacientes apresenta poucos sintomas e a doença pode passar despercebida, mas é importante ficar atento a alguns sinais, como a mialgia, que são dores musculares, náuseas, vômitos, dores de cabeça (cefaleia), febre, icterícia (quando a pele ganha uma cor mais amarelada), e a coluria, que é a urina mais escura. Com esses sinais o corpo está pedindo socorro e, por isso, é preciso rapidamente procurar um Pronto Atendimento.
A hepatologista conta que as formas de contágio são inúmeras, indo desde consumir alimentos mal lavados e más condições de higiene, como banhar-se em água e mar contaminados, como também pelo compartilhamento de seringas e agulhas, relações sexuais desprotegidas e, até mesmo, a transmissão vertical, que é aquela passada da mãe para o feto.
Dengue – conhecer para não se enganar
No verão é bem possível confundir os sintomas da gripe com os da dengue. Assim, a hepatologista dá algumas orientações para auxiliar a diferenciar as doenças. “Ao apresentar um quadro de febre de 39º a 40ºC, com duração máxima de 7 dias, e pelo menos mais alguns sintomas juntos, como cefaleia, dor ao redor dos olhos, erupções cutâneas, abatimento físico, dores intensas pelo corpo e nas articulações, o paciente deve procurar um médico para uma avaliação mais completa, principalmente, se esteve em viagem nos últimos 14 dias para um local onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença do mosquito Aedes aegypti”, diz.
Fernanda comenta que o tratamento para a dengue clássica é feito de acordo com os sintomas do paciente, que vai desde o uso de analgésicos e antipiréticos, associado à hidratação vigorosa, que nos casos mais leves é realizada de forma via oral através da ingestão de água, sucos e chás. “Nestes casos, o paciente poderá ficar em casa durante o tratamento, devendo retornar para reavaliações após 48 a 72 horas do início dos sintomas ou procurar um médico antes dos sinais de alarme. O tratamento dura em média de 7 a 10 dias e, além disso, é contraindicado o uso de medicações com derivados do ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não hormonais, pois eles aumentam o risco de hemorragias”, afirma.
*Informações Assessoria de Imprensa