Um dos grandes desafios na gestão de equipes é a preparação para dar feedbacks assertivos e humanizados utilizando, com sensibilidade, uma comunicação construtiva.
Embora seja muito falada por nós brasileiros, a palavra feedback vem do inglês feed = alimentar back = de volta.
Então, traduzindo, entendemos que a palavra feedback é o ato de “realimentar”, ou seja, comentar, dar resposta para alguém sobre um comportamento ou atitude específica. Nas empresas, o objetivo é fazer uma avaliação sobre os resultados obtidos em uma determinada atividade ou período e contribuir com o desenvolvimento dos profissionais por meio da identificação dos pontos fortes e dos aspectos que podem ser melhorados.
Por se tratar de falar sobre o outro, muitas pessoas sofrem na hora de dar feedback a alguém – ou por medo de ofender, ou ser mal interpretado(a). Ou ainda, de modo contrário, não percebem o impacto que uma avaliação pode ter na vida de outra pessoa.
Como resolver isso?
Se essa é uma responsabilidade sua e você deseja executá-la da melhor forma, leve em consideração alguns fatores:
1. Pergunte-se: é relevante?
Antes de qualquer coisa, é importante fazer esse questionamento: seu comentário é, de fato, relevante para quem irá recebê-lo?
Nem toda avaliação é percebida como necessária por quem a recebe. Por isso, a comunicação deve ser assertiva, deixando claro o valor da mensagem.
2. O lugar do outro
Quando você assume a posição de dar uma orientação e fazer uma crítica construtiva a alguém, não pode deixar a empatia de lado.
Coloque-se no lugar do outro. Procure entender o que pode ter ocasionado uma atitude específica, ou o motivo pelo qual a pessoa fez o que fez, da forma que fez. Quando o contexto fica mais claro, temos mais ferramentas para desenvolver um feedback com mais afeto e cuidado, e sinceridade.
3. O lugar certo, a hora certa, da forma certa.
Um outro fator importante que não pode ser esquecido na hora de dar feedbacks, é analisar essas três coisas: o lugar, o momento, e o jeito.
– Encontre um ambiente silencioso e tranquilo que favoreça uma boa conversa. Um lugar barulhento e nervoso dificilmente deixa as pessoas à vontade para ouvirem.
– Escolha o momento certo em que a pessoa não esteja ocupada, e possa escutar com atenção e sem pressa.
– Avalie qual a melhor forma de dar o seu feedback. Analise o perfil de quem vai recebê-lo, o contexto e o conteúdo. O seu jeito de falar deve favorecer uma atitude de receptividade e não de defesa por parte de quem lhe ouve.
4. Dê ao outro a oportunidade de participar
Após seu feedback, ofereça um espaço para que o outro possa tirar dúvidas, e certifique-se se seu feedback faz sentido para aquela pessoa.
5. Mostre o caminho
Um bom feedback é aquele que mostra um caminho, oferece uma solução, e não apenas aponta um problema. Compartilhe suas sugestões para que a pessoa possa trabalhar nelas e melhorar cada vez mais.
Feliz de quem tem no seu dia a dia alguém com um olhar atento e disposto a contribuir para mostrar pontos de melhoria na carreira e na vida. A comunicação é fundamental nesse processo. Só é possível mudar quando fica claro o que é preciso melhorar. Isso fica muito mais fácil quando é comunicado de modo adequado.
* Cida Stier há mais de 30 anos estuda, pesquisa e trabalha com Voz Profissional e Comunicação em Público e no Vídeo. Fonoaudióloga, formada pela PUC-PR, mestre em Distúrbios da Comunicação pela UTP-PR, doutora em Administração em Neuromarketing, FCU-FL, especialista em voz pelo CEV-SP, pós-graduada em Distúrbios da Comunicação, em Educação Especial na PUC-PR, com MBA em Comunicação e Marketing Unicuritiba-PR. E também é colunista do portal Saúde Debate.
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