A população está envelhecendo: no ano 1900, a expectativa de vida no Brasil era de 29 anos e agora, segundo os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2020, é de 76,8 anos. Com o avançar da idade, o corpo apresenta perda da massa muscular e redução na densidade óssea, situação natural durante o processo de envelhecimento, o que leva à osteoporose, um dos principais fatores de risco de fraturas de quadril e na coluna vertebral.
Em função da sua gravidade e dos inúmeros recursos necessários para o seu tratamento (pessoas, material de fixação ortopédica, recursos hospitalares, internações prolongadas e recursos nos cuidados pós operatórios), as fraturas de quadril são tidas como uma severa questão de saúde pública global e, ao analisar dados de pacientes de 19 países, com 50 anos ou mais, que haviam sofrido fratura entre 2005 e 2008, pesquisadores da Universidade de Hong Kong projetam que, em 2050, o número de casos dobre. O estudo foi apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Pesquisa Óssea e Mineral no início de setembro.
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“A perda de massa muscular começa a partir dos 50 anos e resulta em um decréscimo anual de 1% a 2% da massa, e de 1,5% da força. Há, também, redução da densidade mineral óssea, que é a quantidade de ossos que o corpo humano tem. Fisiologicamente, essa perda também é natural ao envelhecer, o que leva à osteoporose”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA), Dr. Vincenzo Giordano Neto.
O especialista pontua que, diante do cenário de envelhecimento da população e os riscos de fraturas de quadril, é preciso reforçar a conscientização das pessoas sobre como manter a saúde dos ossos, do monitoramento adequado de quem apresenta um quadro de osteoporose, além dos cuidados necessários após uma fratura. “São de extrema relevância que o sistema de saúde execute campanhas preventivas de quedas e orientações claras para o atendimento e acompanhamento dos pacientes”, ressalta.
Com incidência maior de fraturas em mulheres, por conta de fatores hormonais com o avançar da idade, um outro estudo feito Hong Kong mostrou que a diminuição de casos estava diretamente associada ao fato de o público feminino, acima dos 50 anos, terem se tornado mais ativas fisicamente e adeptas de musculação. “Prevenir sempre será melhor do que remediar e a prática de atividades físicas é uma grande aliada à saúde, com benefícios que vão de fortalecimento muscular ao controle e prevenção de série de doenças. Então, sejam mulheres ou homens, é importante a adoção de alguma atividade em sua rotina, sempre acompanhada por um profissional que oriente a execução correta dos exercícios, além do tratamento da osteopenia/osteoporose visando reduzir futuras fraturas”, conclui.
* Informações da assessoria de imprensa
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