Efeitos dos alimentos funcionais em pacientes diabéticos: uma revisão sistemática
A expectativa de vida aumentou em decorrência dos avanços técnico-científicos da medicina, mas apesar de viver mais, houve um aumento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) devido à transição demográfica-epidemiológic. Assim, o uso indiscriminado de medicamentos pode afetar o comportamento alimentar, principalmente na absorção de nutrientes essenciais ao funcionamento das funções corporais, impactando na saúde dessa população e consequentemente reduzindo sua qualidade de vida.
Contribui para esse crescimento das taxas de prevalência dessas DCNT no Brasil a troca de alimentos tradicionais como feijão, arroz e hortaliças por alimentos industrializados, aumentando o consumo de sódio, gorduras saturadas e açúcares. Dados do VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Levantamento Telefônico Conjunto das 26 capitais e do Distrito Federal) de 2016 mostram que 80,4% da população com 18 anos não atingiu o consumo recomendado de frutas e hortaliças. Esta pesquisa também relata que o número de brasileiros com diabetes subiu de 5,5% da população para 8,9% no período correspondente de 2006 a 2016.
O controle do Diabetes Mellitus tipo II está diretamente relacionado ao perfil alimentar, à prática regular de atividade física, bem como ao uso de medicamentos prescritos pelo médico regularmente, se necessário, culminando em um estilo de vida saudável. No entanto, inúmeras barreiras para essa mudança no estilo de vida são encontradas no caminho entre profissionais e pacientes.
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, o Diabetes Mellitus é uma doença crônica em que o pâncreas não produz insulina ou quando o organismo não consegue utilizá-la de forma eficaz, sendo esta última a definição de diabetes tipo II. Constituindo 90% da população diabética,…