Nesta
quinta-feira (01/09), o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou a
suspensão da venda de cigarros eletrônicos a 33 empresas. A decisão, publicada
no Diário Oficial da União, prevê multa diária de R$ 5 mil a quem descumprir a
medida. Desde 2009, a comercialização de cigarros eletrônicos é proibida pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no país, assim como a importação e propaganda de quaisquer
dispositivos eletrônicos para fumar.
O
Ministério fundamentou a decisão, pontuando que “os cigarros eletrônicos
são comercializados livremente, por diferentes tipos de empreendimentos, como
lojas, tabacarias e páginas na internet, apesar de serem ilegais”.
De
acordo com a pasta, as empresas autuadas induzem os consumidores a acreditarem
que os cigarros eletrônicos são produtos legalizados, agindo, desta forma, com
falta de transparência e de boa-fé.
MALEFÍCIOS DO CIGARRO ELETRÔNICO
No último dia 29
de agosto, foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, com o objetivo de alertar à
população sobre os danos à saúde, ambientais e sociais causados pelo tabaco. Segundo
o pneumologista Ricardo Meirelles, Coordenador da Comissão de Combate ao
Tabagismo da Associação Médica Brasileira (AMB), uma grande ameaça à saúde da
população hoje são os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), também
conhecidos como cigarros eletrônicos, que podem conter cerca de 2.000
substâncias em seus aerossóis muitas delas tóxicas e cancerígenas.
O especialista ressalta também que a grande maioria
dos cigarros eletrônicos contém grandes concentrações de nicotina, droga
psicoativa que causa intensa dependência em seus usuários. O uso dos DEFs por
não fumantes, principalmente adolescentes e jovens, aumenta em duas a três
vezes o risco de migrarem para o consumo de cigarros, outros produtos
convencionais do tabaco ou de fazerem uso simultâneo de ambos os produtos, o
que…