Todos os anos, em agosto, instituições brasileiras de saúde e educação se dedicam a transmitir informações para ajudar o fumante a interromper a dependência de nicotina e buscar mais qualidade de vida.
Na campanha de 2022, a SBPT alerta para a nova estratégia da indústria do tabaco para aliciar mais fumantes: os Dispositivos Eletrônicos Para Fumar (DEF).
Evidências científicas recentes apontam que os aerossóis produzidos pelos cigarros eletrônicos contêm quase 2 mil substâncias ainda desconhecidas e não divulgadas pelas fabricantes, incluindo produtos químicos industriais e cafeína (Chem Res. Toxicol. 2021).
A maioria dos estudos sobre os DEF investiga as exposições de cigarros eletrônicos a partir de substâncias já detectadas nos cigarros combustíveis, como alcaloides do tabaco, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e formaldeído.
O diferencial deste estudo é que o grupo utilizou uma técnica avançada de impressão digital química (fingerprinting) aliada à cromatografia líquida – espectrometria de massa de alta resolução (LC-HRMS).
Especificamente, os produtos analisados foram: um dispositivo de terceira geração com energia modificável “mod” (Smok ProColor 225W), dois dispositivos de cartucho “pod” de quarta geração (Juul e Vuse Alto) e um “pod” descartável de quarta geração (Blu).
A cafeína foi detectada em amostras de dois dos quatro produtos comerciais de e-cig analisados: Vuse e Mi-Salt (Smok) e-líquidos e/ou aerossóis. O estimulante já havia sido detectado nos e-líquidos com sabor de café, chá, chocolate e bebidas energéticas, alguns em níveis de até 104 μg/g, mas a existência em produtos com sabor de tabaco, como demonstrado pelo estudo, foi inusitada.
Os pesquisadores também identificaram citrato trietílico, usado como emulsificante de e-líquido, em…