Associação entre consumo de alimentos ultraprocessados e declínio da função renal – ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia


Consumo de alimentos ultraprocessados e declínio da função renal em uma coorte de base populacional na Holanda

A doença renal crônica (DRC) é um crescente problema de saúde pública global que afeta 8% a 16% da população mundial. A modificação do estilo de vida, incluindo uma dieta saudável, é importante para reduzir a incidência de DRC e o declínio estimado da taxa de filtração glomerular (TFG), retardar a progressão para insuficiência renal e reduzir o risco de complicações cardiovasculares. A adesão a padrões alimentares saudáveis, muitas vezes ricos em alimentos à base de plantas, tem sido associada a um menor risco de desenvolver DRC. Por outro lado, a dieta de estilo ocidental, caracterizada pela ingestão de alimentos altamente processados ​​e refinados que contêm excesso de açúcar, sal e ácidos graxos saturados e trans, tem sido associada a um risco maior de DRC e função renal prejudicada.

Houve um aumento global no consumo de alimentos ultraprocessados ​​(AUPs) durante as últimas décadas. Os AUPs são geralmente densos em energia; alto teor de gordura saturada, açúcar, sal e aditivos; e pobre em fibra dietética e vitaminas. O objetivo principal do ultraprocessamento industrial é tornar os produtos convenientes (prontos para comer, beber ou aquecer), hiperpalatáveis ​​ou mais atraentes (“aditivos cosméticos”), altamente rentáveis ​​(ingredientes de baixo custo, longa vida útil, marca enfática), e atraente pela embalagem. Exemplos de AUPs típicos incluem salgadinhos, refrigerantes, doces, refeições prontas, alimentos ricos em amido refinado e produtos cárneos reconstituídos.

O sistema NOVA classifica os AUPs com base na natureza, extensão e finalidade do processamento industrial de alimentos, e não na composição de nutrientes, e esse sistema está sendo cada vez mais aplicado em estudos epidemiológicos para entender os impactos dos sistemas alimentares industriais…



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