Ciência, empreendedorismo, inovação, gestão e tecnologia estão entre as oportunidades que despontam para profissionais da área médica, além do atendimento assistencial
A publicação Demografia Médica no Brasil 2020, organizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Universidade de São Paulo (USP), apontou que 91% dos médicos entrevistados trabalham diretamente com assistência. Os dados são resultado do levantamento nacional realizado com 2,4 mil médicos, uma amostra probabilística representativa de todos os médicos e médicas do Brasil. Essa evidência destaca a predominância dos profissionais no atendimento clínico, visto que 21,5% trabalham exclusivamente no setor público, 28,3% só atuam no setor privado e a metade (50,2%) tem dupla prática, atuando nos dois setores.
Esse cenário, ainda segundo dados do estudo, é composto atualmente por um total contabilizado em 2020 de meio milhão de médicos. Na última década, foram 180 mil novos profissionais formandos, crescimento que deve seguir em decorrência do incentivo da Lei Mais Médicos (2013). Em relação ao perfil, verifica-se o aumento na formação de mulheres e, de acordo com o histórico da publicação que já tem 10 anos, essa foi a menor média de idade já registrada, ou seja, a medicina é uma profissão cada vez mais jovem no país.
Observado esse diagnóstico e as mudanças impulsionadas por uma transição geracional na medicina brasileira, despontam novas aspirações e, até mesmo, necessidades do setor. Há grandes indagações de como será o futuro diante das escolhas e motivações relacionadas com vínculos, jornadas, especialidades, remuneração, uso de tecnologias e conciliação mais equilibrada entre a vida pessoal e a profissional.
Na avaliação do presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), Nerlan Tadeu Gonçalves de Carvalho, o desafio no quesito das especialidades é um fato. Segundo ele, o Paraná conta com uma boa estrutura…