A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez um alerta nesta terça-feira (8 de dezembro) para o risco de colapso do sistema de saúde após as festas de fim de ano, em razão da provável alta de casos de Covid-19. A instituição acredita que isso deve acontecer devido ao atual estágio da pandemia no país, que passa pela sincronização dos surtos nas capitais, regiões metropolitanas e no interior.
Antes, com o registro de casos em intensidades diferentes e inversas na comparação dos grandes centros e cidades menores, houve a possibilidade de atender a população de uma melhor forma, inclusive com a redistribuição de pacientes, o que não é permitido agora. E também não deixa o sistema de sáude com margem de manobra. A Covid-19 está espalhada pelo Brasil, e várias regiões caminham no mesmo ritmo de evolução da pandemia.
O processo de sincronização da pandemia havia sido retardado em função da adoção de medidas restritivas de circulação e preventivas, como uso de máscaras, higiene das mãos e evitar as aglomerações. Aos poucos, houve o processo de interiorização da pandemia, até que a sincronização ocorreu em meio a uma tendência de queda de casos e mortes.
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Segundo a Fiocruz, foi também o que aconteceu na Europa. Por lá, após a sincronização das epidemias, houve uma movimentação intensa da população durante as férias de verão, o que acelerou a disseminação do novo coronavírus e levou a um aumento de casos de Covid-19.
A Fiocruz, em nota técnica, aconselha a adoção de medidas para reduzir a circulação de pessoas entre as cidades nesta épica do ano e não recomenda a realização de festas de fim de ano, para que não gerem aglomerações. A instituição alerta que esses encontros podem trazer um conforto emocional, mas podem tornar o início de 2021 ainda mais difícil. Caso haja reuniões, elas devem envolver o número mínimo de pessoas e serem realizadas em locais abertos e ventilados, com distanciamento entre os presentes, que devem usar máscaras e sempre higienizar as mãos.
* Com informações do portal UOL
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