Veja o que nosso primeiro secretário – Dr. Luiz Sampaio – tem a nós dizer sobre essa nova sessão do nosso Jornal.
Em meados de janeiro, graças ao empenho de nossa colega Dr. Hélio Pinheiro, chegou em nossa sede em São Paulo, todo o material “em papel” que estava arquivado na sede anterior em Recife. À nossa secretária Lorrayne coube a primeira função: desempacotar todo o material, retirar o pó do tempo e transferi-lo para um armário. E depois a mim, como secretário, coube a função de verificar o conteúdo das caixas.
Numa sexta-feira pela manhã, depois de uma reunião de trabalho com nossos provedores de informática, a incansável Lorrayne, foi empilhando o material sobre a mesa para minha avaliação. Num primeiro momento me senti na função de catador de recicláveis, cuja tarefa é separar o que ainda tinha alguma utilidade do que poderia ir, definitivamente, para o lixo de papel reciclável. À medida que separava o material, meu sentimento foi mudando: ao invés de catador de lixo comecei a me sentir um arqueólogo.
Fui encontrando peças que compunham a história de nossa acupuntura. A cada conjunto de pilhas de papel, me deparava com elos importantes de nossa corrente histórica, fragmentos da história da acupuntura médica no Brasil. Diante de mim, foram surgindo documentos de nossa antiga e atual luta contra os que querem tornar a acupuntura uma profissão independente da prática médica, ao lado de outros que ilustram a consolidação da acupuntura como especialidade médica e do nosso querido Colégio como o único representante legal de nossa especialidade.
Entusiasmado com o tesouro descoberto, meu primeiro impulso foi o de organizarmos uma biblioteca, deixando à disposição de todos os associados o material para consulta. Afortunadamente, no mesmo dia numa reunião de diretoria discutimos sobre a elaboração de nosso próximo boletim. Ora, pensei, tínhamos ali um…