Mamografia ajuda a reduzir até 30% a mortalidade por câncer de mama

    O câncer de mama é o mais incidente na população feminina em todo o mundo, inclusive no Brasil. Para o ano de 2020, são estimados 66.280 casos da doença no país, segundo estudos do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). A região Sul é a segunda com maior frequência de câncer de mama, atrás apenas da região Sudeste, com estimativa de 45,24 casos em cada 100 mil mulheres.

    A mamografia é ainda o único método comprovadamente eficaz no rastreamento do câncer de mama e que ajuda a reduzir a mortalidade pela doença. “A mamografia permite o diagnóstico precoce e, portanto, uma sobrevida maior, chegando a até 80% em cinco anos. A mamografia utilizada como rastreio do câncer de mama reduz em até 30% a mortalidade pela doença”, revela a Marianna Cioni, médica radiologista da Quanta Diagnóstico por Imagem, de Curitiba (PR).

    Embora seja o exame mais importante para diagnosticar o câncer de mama, a realização da mamografia ainda gera receio nas mulheres, por ser necessário comprimir as mamas. Para ajudar a diminuir o desconforto durante o procedimento, uma das últimas tecnologias existentes é a técnica self compression, que permite à paciente ajudar a controlar a intensidade de compressão da mama por meio de um dispositivo wireless, gerando mais conforto durante o exame.

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    Segundo Marianna Cioni, dois estudos realizados na França e nos Estados Unidos demonstraram que o equipamento Senographe Pristina, que tem a tecnologia self compression, ajuda a reduzir a ansiedade das mulheres durante o procedimento. “Um estudo realizado com 100 pacientes na França utilizando o equipamento Senographe Pristina mostrou que mais de 70% voltariam para realizar nova mamografia. Apesar de 90% das pacientes desconhecerem essa técnica, 90% delas disseram que a acharam útil. Outro estudo demonstrou que 31% das mulheres sentiram redução no desconforto com essa técnica”, revela a médica radiologista. Essa tecnologia já está disponível na Quanta Diagnóstico por Imagem.

    O equipamento ainda realiza a Tomossíntese, conhecida como mamografia 3D, que também tem cobertura dos planos de saúde, indicada como um exame complementar quando os resultados da mamografia deixam dúvidas. “Uma das limitações da mamografia é a sobreposição do tecido mamário, que pode levar a imagens que geram dúvidas. Com a tomossíntese, a aquisição é feita tridimensionalmente, reduzindo essa sobreposição. As margens das lesões tornam-se mais evidentes, assim como possíveis achados associados, como, por exemplo, distorções arquiteturais, que podem indicar estágios iniciais de câncer, e microcalcificações”, explica a médica radiologista.

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    Indicações para a realização da mamografia

    A realização da mamografia é recomendada a partir dos 40 anos, anualmente, até os 74 anos – a partir dessa idade, o exame deve ser realizado se a expectativa de vida da paciente for maior que sete anos. As mulheres com histórico familiar importante do câncer de mama, que já realizaram radioterapia mediastinal (região do tronco) ou que possuem síndromes de Li Fraumeni ou de Cowden precisam começar o rastreamento com a mamografia antes, geralmente a partir dos 30 anos. O procedimento ainda pode ser indicado em qualquer idade para pacientes que apresentem nódulos palpáveis e descarga papilar (quando há secreção pelos mamilos sem relação com gravidez).

     

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